Os resultados da sondagem ICS/ISCTE deste mês apontam para que, se as legislativas tivessem tido lugar nas passadas semanas, o PS ou o PSD dificilmente teriam conseguido obter um resultado que lhes permitisse governar com o apoio de uma maioria dos deputados à Assembleia da República. Este padrão não é surpreendente se tivermos em consideração o aumento do número de partidos parlamentares nos últimos anos e o expectável aumento de votos e assentos parlamentares obtidos pelos novos partidos da direita. A ausência de uma maioria absoluta no Parlamento é, de resto, o desfecho eleitoral mais popular nesta sondagem (47%), embora a popularidade desta conformação parlamentar seja menos vincada que em setembro de 2019, véspera da última eleição legislativa, quando 55% a defendiam.
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Obrigado pelo excelente trabalho. Li com a maior atenção e concordo com a maioria dos indicadores, embora menos com os indicadores do desempenho eleitoral de cada partido. A elevada margem de erro (+/- 3%) e sobretudo a incerteza quanto à intenção de votar/não-votar – ou seja, a abstenção oficial, a real e a sua distribuição geográfica, que não está longe de ser a mesma de círculo para círculo – fazem com que o resultado final daqui a um mês seja ainda bastante incerto.