Por Pedro Magalhães (ICS-ULisboa)
No pós-Troika, os governos do Partido Socialista estabeleceram um contrato com uma grande parte do eleitorado. A primeira cláusula colocava como prioridade a proteção do poder de compra de sectores muito numerosos da sociedade portuguesa: os trabalhadores menos qualificados e — independentemente dos seus rendimentos — os pensionistas em geral. A segunda cláusula, igualmente importante, dizia respeito à disciplina orçamental, algo que aprendemos a valorizar há cerca de uma década e que, desde então, por convicção ou imposição externa, pouco importa, tem sido cumprida.
Leia o resto do artigo no Expresso (sem paywall).
Leitura pessoal (o que consegui perceber)
62% acham prioritário que impostos baixem, mas apenas 9% a 21% estão dispostos a assumir os inconvenientes decorrentes (penso que, no fundo, apenas 9% a 21% considerarão ficar a perder com os impostos que pagam)
28% acham prioritário que os apoios sociais subam, mas apenas 1 a 7% estão dispostos a (ou podem) assumir oscustos decorrentes
8% acham prioritário que déficit baixe, mas apenas 1 a 3% estão dispostos a (ou podem) assumir os custos decorrentes
Somando tudo, apenas 10% a 30% estão dispostos a (ou podem) assumir os custos das prioridades escolhidas
Assim, a grande maioria (70% a 90%), não pretendendo (ou não podendo) assumir tais custos, ficar-se-á com o que tem; mal por mal…